(Facundes Varela)
Perdão, senhor, meu Deus! Busco-te embalde.
Na Natureza inteira! O dia, a noite,
O tempo, as estações, mudos sucedem-se,
Mas eu sinto-te o sopro dentro d’alma!
Da consciência ao fundo te contemplo!
E movo-me por ti, por ti respiro,
Ouço-te a voz que o cérebro me anima,
E em ti me alegro, o canto, e penso!
Da natureza inteira que aviventas
Todos os elos a teu ser se prendem,
Tudo parte de ti e a ti se volta,
Presente em toda a parte, e em parte alguma,
Íntima fibra, espírito infinito,
Moves potente a criatura inteira!
Dás a vida e a morte, o olvido e glória!
Se não posso adorar-te face a face,
Oh, basta-me sentir-te sempre, e sempre!
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