O mistério eterno do Universo é a sua compreensão.”
(ALBERT EISTEIN)

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sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

A Alma segundo Jamblichus

A Alma segundo Jamblichus
           
            Jamblichus foi discípulo de Porfírio e morreu por volta de 33 a.C. Ele afirmou:

            “Se a alma se eleva até os deuses, ela se torna igual a Deus e capaz de conhecer o que está em cima e o que está embaixo; ela, então, obtém o poder de curar doenças e de criar invenções úteis para instituir leis sábias. O homem não tem poder intuitivo por ele mesmo; sua intuição é o resultado da conexão existente entre sua alma e o Espírito Divino, quanto mais forte for essa união tanto maior será a sua intuição, seu conhecimento espiritual. Nem todas as percepções da alma têm caráter divino, existem também muitas imagens que são produtos de atividade mais inferior da alma em sua mistura com os elementos materiais. Sendo a natureza divina eterna fonte da vida, ela não produz imagens enganosas; mas, se sua atividade é pervertida, tais imagens enganosas podem aparecer. Se a mente do homem está iluminada pela luz divina, o veículo etéreo de sua alma torna-se cheio de luz e brilho.”





(Do livro: “NOS PRONAOS DO TEMPLO DA SABEDORIA – UM ESTUDO SOBRE A FILOSOFIA ROSACUZ” de Franz Hartman)


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“A versatilidade é fruto do conhecimento e da observação. Conhecer é crescer, é descobrir, é melhorar. É tomar mais contato com a realidade.
A sabedoria se processa através dessas experiências. Quando vivenciamos coisas novas, abrimos a mente para o progresso. Vamos aproveitar o tempo, utilizar o que aprendemos e saber até onde poderemos ir. Cada experiência é uma luz, cada fato uma abertura de caminho para crescer.
Valorize o tempo desenvolvendo conhecimentos, a área não importa. Faça o que tem vontade para sentir prazer e cultivar a alegria e caminhará para frente com alegria e luz.”


(Zíbia Gasparetto)

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

A Paz está dentro de nós


A PAZ ESTÁ DENTRO DE NÓS

“A gente corre, corre, mas não vai a lugar nenhum. - Ah, mas eu tenho que fazer isso. Meu Deus me ajude a conseguir aquilo...
Vivemos correndo, disputando com a vida, disputando com tudo. Parece que a gente vai para algum lugar. Se Você pensar bem, estar aqui ou estar ali não faz a menor diferença, pois tudo é vida.
- Ah, Calunga, eu estou aqui, mas queria tanto ter uma vida diferente, fazer assim, fazer assado. Queria ser melhor aqui, melhor ali. Você acha que é mau a gente querer o melhor?
- Não, nada no mundo é mau. Mas que diferença faz você estar aqui ou lá?
- Ah, não! Acho que vou ser mais feliz, vou me realizar se estiver lá.
-É um pensamento, mas certeza mesmo, você não tem. Só imagina que se fizesse isso ou aquilo, que se morasse assim ou fosse assado, iria ficar melhor. Pode ser, mas também pode ser que não, pois, certeza, ninguém tem. É só olhar para trás. Quantas vezes você meteu a cara e acabou quebrando porque não era bom?
É, a gente quer muito o que não tem, quer ser quem não é, quer ir para onde não pode. Que coisa confusa! Depois que a gente morre, vê que não adiantou nada esse corre-corre, essa tensão, essa loucura de querer isso, de querer aquilo ou de falta disso, de falta daquilo. Ah, minha gente quanta ilusão! Sou defunto e também já fiz tudo isso. Quando cheguei no plano astral, o povo me disse: - Olha Você esta mal porque é muito apressado, muito angustiado, muito ansioso.
Sabe o que eles fazem aqui com gente assim? Mandam contemplar o horizonte por quatro horas. E a gente fica lá olhando com aquela angústia para fazer alguma coisa, mas eles não deixam sair. - Não, fique aí olhando o horizonte.
Vocês precisam aprender a viver  e não a inventar uma vida que nunca vão ter, querendo estar num lugar onde nunca vão estar, querendo ficar onde não podem, querendo ser o que não são, querendo ter o que não é possível. Tudo isso é ilusão.
Vocês não querem a verdade, não querem ver o dia a dia. A vida de vocês é um tormento e não tem paz. Como é importante ter paz na vida! O que quer dizer ter paz?
É a gente se harmonizar com o movimento da natureza. É deixar a vida fluir. É ter gosto na vida. Sem paz a cabeça não pensa direito, acaba com a saúde mental, emocional, física, social, que é a saúde familiar e do ambiente. Você não pode ter paz, porque é aquela loucura na cabeça e o corpo fica só seguindo ordens da cabeça, tenso, vivendo um mundo que não existe, no mundo dos “deveria”, criando revolta, desassossego, exaltação.
- Você é uma pessoa exaltada? Vive no impulso e depois fica moído, arrebentado¸ não dorme direito? Paz é o contrário, você pode ser dinâmico e até ativo. Mas o jeito de fazer suas tarefas é calmo, equilibrado, harmonioso. O movimento é gracioso.
O povo diz: - Ah, estou me matando para um dia ter paz. No dia em que meus filhos estiverem criados, vou ter paz.
- Que mentira! Desse jeito, você não vai ter paz nunca. Vai morrer desassossegada, perturbada.
Vamos então mudar a cabeça. Olhe bem para a vida, não adianta correr. Tanto faz morar em casa própria ou com a sogra. Se você é inquieta vai ser sempre inquieta.
A pessoa desassossegada quer que o mundo fique calmo para ela ter um pingo de paz. Nem pingo nem tempestade, você vai ter, se depender dos outros para ter paz. A paz esta dentro de nós. É a atitude interior que a gente vai construindo devagar, ao perceber o que tira a nossa paz.
O que tira a sua paz? São as suas esperas? Pare de esperar. Tudo é jeito de olhar. Tudo é contemplação. Para que se exaltar? Fique na paz e na tranquilidade. Cada hora é sua hora. Cada coisa é sua coisa. Mas tudo é igual no fim. A vida é igual para todo mundo, com ou sem dinheiro. Lá por dentro, é tudo igual.
É ilusão que você esta ai desgraçada lavando panelas enquanto a outra esta passeando no shopping. É ilusão que o outro está na rua, passeando no seu carro esporte novo, enquanto você esta ai em frente a um programa chato da televisão.... relaxe. Não deixe esse pensamento perturbar a qualidade do seu momento. Limpe a panela e sinta. Fique inteira no que você faz. Levante da frente desta televisão, buscando algo melhor para fazer, a televisão esta chata porque você está um chato, busque o que gosta de fazer a seu alcance neste momento. Não caia nesta ilusão. Não estrague esse seu instante pensando que há outro melhor e que, o que você esta vivendo é uma porcaria. Não deixe isso iludi-los meus filhos. Não pense que há uma vida melhor para você. Não tem, só tem essa aí. É você que é ruim. Relaxe. Fique na paz e se dê o direito à paz. Nada importa. Só existe o momento.
- Mas, Calunga, tenho medo E os meus objetivos na vida?
Largue isto, o objetivo da vida é viver cada momento, a riqueza deste momento, a presença sua na vida, os filhos do jeito que são¸ a casa para cuidar, o serviço que você faz sempre igual.
É aí que você exercita a sua paz, o seu controle interior, a sua evolução. Não tenha medo do trabalho repetitivo. O mundo vai levá-lo pra frente; você vai para o melhor. Então pare com a luta. Não lute.
Vamos entrar na faixa do usufruto, não da luta, da espera, do tormento interior, da desvalorização do que a gente faz. Sempre o que se tem hoje representa a conquista de ontem. Nada veio do céu. Para que fazer tanto esforço? Quando for a hora alguma coisa acontece. Não me preocupo e assim tenho paz. Se fico tenso, já perdi a paz. Acalme-se; isso é o que faz a diferença.
- Ah, mas eu quero saber.... - Para que você quer saber? As coisas chegam no pensamento. A vida é cheia de mensagens, porque a gente precisa destas mensagens. A vida traz o conhecimento na hora certa.
- Mas Calunga, acho que a gente tem que lutar pra conquistar."

"QUEM LUTA NÃO SAI DO LUGAR. QUEM CORRE ATRÁS NÃO ANDA. QUEM NÃO CORRE É QUE CAMINHA. SÓ CAMINHA QUEM FICA, PORQUE ASSIM A VIDA VEM ATÉ NÓS."


(Calunga em UM DEDINHO DE PROSA – Luiz Antonio Gasparetto)
       “Em geral somos mais do que conhecemos de nós próprios e, com frequência, ouvimos sair de nossos lábios coisas que não acreditávamos ser capazes de dizer.”

(Ralph Waldo Emerson)


segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Carta do Cacique Seattle

Carta do Cacique Seattle ao Presidente Norte-americano


NO ANO DE 1854, O PRESIDENTE DOS ESTADOS UNIDOS FEZ À UMA TRIBO INDÍGENA A PROPOSTA DE COMPRAR GRANDE PARTE DE SUAS TERRAS, OFERECENDO, EM CONTRAPARTIDA, A CONCESSÃO DE UMA OUTRA"RESERVA". O TEXTO DA RESPOSTA DO CHEFE SEATLE, DISTRIBUÍDO PELA ONU (PROGRAMA PARA O MEIO AMBIENTE) E AQUI PUBLICADO, TEM SIDO CONSIDERADO, ATRAVÉS DOS TEMPOS, COMO UM DOS MAIS BELOS E PROFUNDOS PRONUNCIAMENTOS JÁ FEITOS A RESPEITO DA DEFESA DO MEIO AMBIENTE.



Como é que se pode comprar ou vender o céu, o calor da terra?

Essa ideia nos parece estranha. Se não possuímos o frescor do ar e o brilho da água, como é possível comprá-los?

Cada pedaço desta terra é sagrado para o meu povo. Cada ramo brilhante de um pinheiro, cada punhado de areia das praias, a penumbra na floresta densa, cada clareira e inseto a zumbir são sagrados na memória e experiência do meu povo. A seiva que percorre o corpo das árvores carrega consigo as lembranças do homem vermelho. Os mortos do homem branco esquecem sua terra de origem quando vão caminhar entre as estrelas.

Nossos mortos jamais esquecem esta bela terra, pois ela é a mãe do homem vermelho. Somos parte da terra e ela faz parte de nós. As flores perfumadas são nossas irmãs; o cervo, o cavalo, a grande águia, são nossos irmãos. Os picos rochosos, os sucos úmidos nas campinas, o calor do corpo do potro, e o homem - todos pertencem a mesma família.

Portanto, quando o Grande Chefe em Washington manda dizer que deseja comprar nossa terra, pede muito de nós. O Grande Chefe diz que nos reservará um lugar onde possamos viver satisfeitos. Ele será nosso pai e nós seremos seus filhos. Portanto, nós vamos considerar sua oferta de comprar nossa terra.

Mas isso não será fácil. Esta terra é sagrada para nós. Essa água brilhante que escorre nos riachos e rios não é apenas água, mas o sangue de nossos antepassados. Se lhes vendermos a terra, vocês devem lembrar-se de que ela é sagrada, e devem ensinar as suas crianças que ela é sagrada e que cada reflexo nas águas límpidas dos lagos fala de acontecimentos e lembranças da vida do meu povo.

O murmúrio das águas é a voz dos meus ancestrais. Os rios são nossos irmãos, saciam nossa sede. Os rios carregam nossas canoas e alimentam nossas crianças. Se lhes vendermos nossa terra, vocês devem lembrar e ensinar a seus filhos que os rios são nossos irmãos, e seus também. E, portanto, vocês devem dar aos rios a bondade que dedicariam a qualquer irmão.

Sabemos que o homem branco não compreende nossos costumes. Uma porção de terra, para ele, tem o mesmo significado que qualquer outra, pois é um forasteiro que vem a noite e extrai da terra aquilo que necessita. A terra não é sua irmã, mas sua inimiga, e quando ele a conquista, prossegue seu caminho. Deixa pra trás os túmulos de seus antepassados e não se incomoda. Rapta da terra aquilo que seria de seus filhos e não se importa. A sepultura de seu pai e os direitos de seus filhos são esquecidos. Trata sua mãe, a terra, e seu irmão, o céu, como coisas que possam ser compradas, saqueadas, vendidas como carneiros ou enfeites coloridos. Seu apetite devorará a terra, deixando somente um deserto.

Eu não sei, nossos costumes são diferentes dos seus. A visão de suas cidades fere os olhos do homem vermelho. Talvez seja porque o homem vermelho é um selvagem e não compreenda.
Não há um lugar quieto nas cidades do homem branco. Nenhum lugar onde se possa ouvir o desabrochar de folhas a primavera ou o bater das asas de um inseto. Mas talvez seja porque eu sou um selvagem e não compreendo. O ruído parece somente insultar os ouvidos.

E o que resta da vida se um homem não pode ouvir um choro solitário de uma ave ou o debate dos sapos ao redor de uma lagoa, à noite? eu sou um homem vermelho e não compreendo. O índio prefere o suave murmúrio do vento encrespando a face do lago, e o próprio vento, limpo por uma chuva diurna ou perfumado pelos pinheiros.

O ar é precioso para o homem vermelho, pois todas as coisas compartilham o mesmo sopro - o animal, a árvore, o homem, todos compartilham o mesmo sopro. Parece que o homem branco não sente o ar que respira. Como um homem agonizante há vários dias, é insensível ao mau cheiro. Mas se vendermos nossa terra ao homem branco, ele deve lembrar que o ar é precioso para nós, que o ar compartilha seu espírito com toda vida que mantém. O vento que deu a nosso avô seu primeiro inspirar também recebi seu último suspiro. Se lhes vendermos nossa terra, vocês devem mantê-la intacta e sagrada, como um lugar onde até mesmo o homem branco possa ir saborear o vento açucarado pelas flores dos prados.

Portanto, vamos meditar sobre sua oferta de comprar nossa terra. Se decidirmos aceitar, imporei uma condição: o homem branco deve tratar os animais desta terra como seus irmãos. Sou um selvagem e não compreendo qualquer outra forma de agir. Vi um milhar de búfalos apodrecendo na planície, abandonados pelo homem branco que os alvejou de um trem ao passar. Eu sou um selvagem e não compreendo como é que o fumegante cavalo de ferro pode ser mais importante que o búfalo, que sacrificamos somente para permanecer vivos.

O que é o homem sem os animais? Se todos os animais se fossem, o homem morreria de uma grande solidão de espírito. Pois o que ocorre com os animais, breve acontece com o homem. Há uma ligação em tudo.

Vocês devem ensinar as suas crianças que o solo a seus pés, é a cinza de nossos avós. Para que respeitem a terra, digam a seus filhos que ela foi enriquecida com as vidas de nosso povo. Ensinem as suas crianças, o que ensinamos as nossas, que a terra é nossa mãe. Tudo que acontecer a terra, acontecerá aos seus filhos da terra. Se os homens cospem no solo, estão cuspindo em si mesmos.

Isto sabemos: a terra não pertence ao homem; o homem pertence a terra.

Isto sabemos: todas as coisas estão ligadas como o sangue que une uma família. Há uma ligação em tudo. O que ocorrer com a terra recairá sobre os filhos da terra. O homem não tramou o tecido da vida; ele é simplesmente um de seus fios. Tudo o que fizer ao tecido, fará a si mesmo.
Mas quando de sua desaparição, vocês brilharão intensamente, iluminados pela força do Deus que os trouxe a esta terra e por alguma razão especial lhes deu o domínio sobre a terra e sobre o homem vermelho. Este destino é um mistério para nós, pois não compreendemos que todos os búfalos sejam exterminados, os cavalos bravios sejam todos domados, os recantos secretos da floresta densa impregnados do cheiro de muitos homens, e a visão dos morros obstruída por fios que falam.

Onde está o arvoredo? Desapareceu.
Onde está a águia? Desapareceu.

É o final da vida e o início da sobrevivência
.




(Carta do cacique Seatle, da nação Duwamish, da América do Norte, dirigida em 1855 a Franklin Pierce, presidente dos Estados Unidos. Traduzida por O. Bunning.)
Texto de domínio público distribuído pela ONU



"O QUE OCORRER COM A TERRA,
RECAIRÁ SOBRE OS FILHOS DA TERRA.
HÁ UMA LIGAÇÃO EM TUDO"





“Por essa razão, em uma situação de tempo bom,
Ainda que estejamos muito longe da costa,
Nossas almas enxergam o mar imortal
Que nos trouxe aqui
E pode em um instante nos levar para lá,
E veem as crianças brincando na praia,
E ouvem as águas poderosas ondulando para sempre.”

(William Wordsworth, “INTIMATIONS OF IMORTALITY”)


terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Ensinamentos de J. Krishnamurt

Ensinamentos de J. Krishnamurt

(Trechos do livro: “O VERDADEIRO OBJETIVO DA VIDA” de J. Krishnamurt)


            & “Ter sensibilidade significa ser sensível a tudo o que nos cerca – às plantas, aos animais, às árvores, ao céu, às águas do rio, aos pássaros, e também ao estado de humor das pessoas que nos cercam, e aos estranhos pelos quais passamos. Esta sensibilidade acarreta a qualidade de reação não calculada, não egoísta, que é a verdadeira moral e a verdadeira conduta.” (...)

            & “Ser verdadeiramente educado é compreender nosso relacionamento com todas as coisas – com o dinheiro, com a propriedade, com o povo, com a Natureza – no vasto campo da nossa existência.”

            “A beleza faz parte dessa compreensão, mas ela não é apenas uma questão de proporção, de forma, de gosto e de comportamento. A beleza é aquele estado em que a mente abandonou o centro do ego na paixão da simplicidade. A simplicidade não tem fim; e só pode haver simplicidade quando há uma austeridade que não é resultado de disciplina calculada e de autonegação. Essa austeridade é desapego, o que só o amor pode produzir. Quando não temos amor, criamos uma civilização em que a beleza da forma é procurada sem vitalidade e austeridade interiores do simples desapego. Não há desapego se houver uma imolação de nós mesmos em boas obras, em ideais, em crenças. Essas atividades parecem livres do ego, mas, na realidade, o ego ainda está operando sob o disfarce de diferentes rótulos. Só a mente inocente pode pesquisar o desconhecido.” (...)
"As plantas são preciosidades nobres, seres do planeta que não são agressivos, são os seres mais evoluídos do planeta. São forças extraordinárias que nos encantam, nos dão vida e nos sustentam."


(Tibirias)