O mistério eterno do Universo é a sua compreensão.”
(ALBERT EISTEIN)

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quarta-feira, 11 de setembro de 2013

A Liberdade


“O sentido de liberdade é algo que ainda não foi entendido pela humanidade. Sobre o conceito de liberdade, traçado sempre de forma mais ou menos equivocada, cometeram-se gravíssimos erros.

          (...)

          Cada vez que se luta pela liberdade, apesar das vitórias, termina-se defraudado. Tanto sangue derramado inutilmente em nome da liberdade, porquanto continuamos escravos de nós mesmos e dos demais. As pessoas lutam por palavras que nunca entenderam, ainda que os dicionários as expliquem gramaticalmente.  A liberdade é algo que deve ser alcançada dentro de si mesmo. Ninguém consegue a liberdade fora de si próprio.

          Cavalgar pelo ar é uma frase oriental que alegoriza o sentido da genuína liberdade. Ninguém poderia experimentar a liberdade enquanto sua consciência continuasse engarrafada no si mesmo, no mim mesmo. Compreender este eu mesmo, minha pessoa, o que eu sou, é urgente quando se quer sinceramente conseguir liberdade. De modo algum poderíamos destruir os grilhões da escravidão sem ter antes compreendido toda a questão do meu, disto que pertence ao eu, ao mim mesmo.

          Em que consiste a escravidão? O que é que nos mantém escravos? Que grades são estas? Tudo isto precisamos descobrir.

          Ricos e pobres, crentes e descrentes, todos estão formalmente presos, ainda que se considerem livres. Enquanto a consciência, a essência, o mais digno e decente que existe dentro de nós, continue engarrafada no si mesmo, no mim mesmo, no eu mesmo, nos meus apetites e temores, nos meus desejos e paixões, nos meus preconceitos e violências, nos seus defeitos psicológicos, estará na prisão formal.

          O sentido da liberdade só poderá ser compreendido integralmente quando os grilhões do nosso próprio cárcere psicológico forem aniquilados. Enquanto o eu mesmo existir, a consciência estará na prisão. A fuga dessa cadeia só é possível através da aniquilação budista: dissolução do eu, redução do eu a cinzas, a poeira cósmica. Então, a consciência livre, desprovida de eu, na ausência absoluta do mim mesmo, sem desejos, sem paixões, sem apetites nem temores, experimenta de forma direta a verdadeira liberdade.

          Conceito sobre liberdade não é liberdade. As opiniões que formamos sobre liberdade estão longe de refletir a realidade. As ideias que forjamos sobre o tema nada tem que ver com a autêntica liberdade. Ela é algo que temos de experimentar de forma direta e isso só é possível com a morte psicológica, através da dissolução do eu, quando se acaba para sempre com o mim mesmo.

          De nada serve continuar sonhando com a liberdade se de todas as maneiras prosseguimos como escravos. Mais vale ver-nos assim como somos, observar cuidadosamente todos esses grilhões da escravidão, os quais nos mantém na prisão formal. Auto conhecendo-nos, vendo o que somos interiormente, descobriremos a porta da autentica liberdade".

 

(Samael aun Weor – “A GRANDE REBELIÃO”).

 

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