“A arte de ouvir,
de sentir o momento. Ao ouvirmos, de verdade, não conseguimos pensar, pois o
pensamento afasta-nos do momento. Podemos pensar e escutar, mas escutar não é
ouvir. O ato de ouvir leva-nos ao único lugar onde há vida, leva-nos a Deus.”
“Procure ouvir os sons da Natureza à
sua volta ou, se você vive na cidade, ouça seu tipo de música favorita, num tom
suave para que você, realmente, possa senti-la . Se algum pensamento intruso
atrapalhar sua prática aceite-o e, sem resistir, deixe que ele se desvaneça,
aos poucos. Você não pode forçar; deve apenas submeter-se sem resistência ao
ato de ouvir (...) estamos acostumados a “olhar para” as coisas e, não, a ver.
Continuamos a olhar a Natureza e as pessoas com os olhos de sempre. Esquecemos
de observar as coisas sob o aspecto do novo, assim como as crianças que vibram
a cada descoberta que fazem. Estamos acostumados a rotular e categorizar tudo e
perdemos a prática de ver. Procure ver seus parentes, sua família, sue
companheiro ou companheira e seus amigos mais próximos como pessoas novas, a
cada vez que os encontrar. Deixe de lado suas impressões e conceitos sobre eles
e procure vê-los como renovadas.
Isso trará você mais uma vez ao
presente, à simplicidade do momento. Veja cada flor, árvores e plantas, em
geral, como se fosse pela primeira vez. Veja realmente. Você vai perceber como
seu relacionamento irá modificar com relação ao seu companheiro ou companheira,
seus filhos, seus amigos e Natureza. Tudo irá tonar-se mais criativo, amis
aberto, abrindo um espaço maior para o amor. Mais profunda ainda será a mudança
do seu relacionamento consigo mesmo, pois, à medida que você conseguir ver as
pessoas como renovadas, o novo emergirá do seu interior. Dentro dessa novidade
repousa o potencial para você vivenciar aquilo que realmente é.
(...) Onde está a simplicidade que
se perdeu na pressa do dia-a dia? Tudo o que vimos e ouvimos, é a porção mais
grandiosa dos nossos sentidos, por outro lado, qual outro aspecto valioso da
ida que se esconde atrás das separações, das manias e das ilusões?
(...) Como praticar a conexão com a
vida, resistindo á ilusão da separação. Procure detectar vida em tudo aquilo
que existe ao seu redor, mesmo que esteja camuflada. Isso remete-se novamente,
aos seus amigos, sua família, seus entes queridos, mesmo as pessoas de quem
você não goste, todas as árvores, animais, enfim, todos os aspectos da
Natureza. É possível que, ao praticar, assumindo que você é tudo aquilo que
está à sua volta, mas disfarçado, você possa experimentar o êxtase de saber que
nada daquilo estava oculto. Sua relação com a vida irá modificar-se
dramaticamente.
(...)
Não é muita coisa eu acho , ainda
por cima, parece simples demais, mas é algo que deve ser praticado a cada dia
de sua vida. Pode ser simples; mas não é fácil! Contudo, sei que, se essas
poucas práticas forem levadas a cabo com o objetivo de tornar-se consciente e
de despertar , elas ajudarão você a superar as ilusões, no tempo certo. Sei que
se você aceitar o questionamento de “saber quem você”, assim como tem coragem
para seguir qualquer jornada que resolver empreitar, nada poderá impedir tal
processo.”
(MICHAEL J. ROADS – “A NATUREZA E O DESPERTAR DO SEU
INTERIOR)
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