(De ANTOINE DE SAINT EXUPÉRY)
“(...)
Porque nos odiamos? Somos solidários, somos levados pelo mesmo planeta, somos
tripulação de um mesmo navio. E se é bom que as civilizações se ponham para
favorecer sínteses novas, é monstruoso que elas se entre devorem.
Se
para nos libertarmos basta que nos ajudemos a tomar consciência de um fim que
nos liga uns aos outros, procuremos um fim que nos ligue a todos. O cirurgião
que faz sua visita não ouve as lamentações daquele a quem consulta: através
dele é ao homem que procura tratar. O cirurgião fala uma linguagem universal.
Como o físico meditando suas equações quase divinas que envolvem ao mesmo tempo
o átomo e a nebulosa. E assim um simples pastor. Aquele que vigia modestamente
algumas ovelhas sob as estrelas, se tem consciência de seu papel, descobre que
não é apenas um servidor. É uma sentinela. E cada sentinela é responsável por
todo o império. (...)
(...)
Quando
tomamos consciência de nosso papel, mesmo o mais obscuro, só então somos
felizes. Só então podemos viver em paz e morrer em paz, pois o que dá um
sentido à vida dá um sentido à morte.
E
a morte é tão doce quando está na ordem das coisas.
(Do livro: “TERRA DOS HOMENS” – De
ANTOINE DE SAINT EXUPÉRY)
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