O mistério eterno do Universo é a sua compreensão.”
(ALBERT EISTEIN)

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segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Se é bom é meu




(Calunga)


SE É BOM É MEU
       
“Tudo é muito simples na vida. É o que é. Vocês ficam querendo mudar as coisas, mas não tem nada que mudar e, sim, que deixar a vida correr. Há algum tempo, aprendi uma coisa muito importante. Digo assim:
            - É bom, é meu. Não é bom, não é meu.
            - Ah, estou sentindo uma tristeza.
            - Não é bom? Então, não é meu. Deve ser de alguém, de alguma entidade, pois eu não gosto de tristeza. Eu sou alegre.
            - Ah, tenho carência afetiva.
            - Eu não tenho carência de nada. Deve ser de alguém. Não é meu. Sai daqui demônio. Não quero isso.
            - Ah, tenho pensamento ruim.
            - Eu não estou pensando nada ruim. Deve ser de alguém e as minhas antenas captaram. Já sei que é dos outros.
            - Assim, vou aprendendo a separar as coisas.

            Cada um tem o direito de ver a vida como quer. Se a pessoa gosta de se queixar, de falar mal dos outros, de achar tudo ruim na vida, de meter o pau na sociedade, ela tem o que ela quer. Eu não entro nisso. Para mim, está tudo bom. Morreu? Morreu, enterrou. Foi embora?  Ah, foi embora. Caiu? Quem cai levanta e vai andando. É tudo muito simples. Eu não vou amolar a minha vida com essas bobagens

            Vocês ficam atrás da vida dos parentes. O que tem de gente pamonha! Odos perturbados, complicados e doentes por causa dos outros. Vocês se infernizam por causa dos outros. Mas é tão bom ser simples. Ah, deixa falar. Eu faço as coisas do meu jeito. Eu quero muito aproveitar a minha vida. Está tudo bom, porque, ser ruim, não é meu. Ruim é dos outros. Bom é meu.
            - Você acha, Calunga, que agora vou ser uma pessoa irresponsável, que vai deixar todos os problemas de lado?
            _ Uai, não dá pra resolver mesmo! Por que você fica se amolando com isso? Caiu, levanta. Aí, já resolveu. Se não dá para resolver é porque não é meu. Você já tentou mudar? Se fosse seu, você já teria mudado. O que é da gente, muda fácil, se quiser mesmo. Faça o teste. Jogue fora. Se melhorou, é porque não era seu. Não fique pelejando com as coisas.
            Aproveite a vida. Tem tanta coisa para fazer: construir, viajar, passear. Quanta coisa boa! Uma boa prosa. Quantos livros para apreender de tudo. Que vida rica! Não vejo a hora de reencarnar de novo. Quando chegar a minha hora eu vou correndo para tudo o que eu tenho direito. Se você tiver algum problema, então negue:
            - Eu não tenho problema. Isso deve ser de alguém.
            -Calunga, estou preocupado com o desemprego.
            A falta de emprego é devido à crença na falta. Se achar que não tem problema nenhum, ele desaparece, porque o problema é criado pela nossa mente. Então diga:
            - Eu não estou muito bem aqui. As coisas estão indo.
            - Eu não estou seguro.
            Se foi Deus quem enfiou você nessa encrenca, então é Ele que vai resolver. Por que não senta na almofada e relaxa? Diga:
            - Eu estou bem. Não vou me aborrecer. Vou aproveitar o que eu tenho. Não vou me abalar, porque o abalo perturba a energias criadoras que estão realizando o meu futuro.

            A insegurança estabeleceu uma fragilidade no poder de reação divina em nossas vidas. A vida flui segundo nossa confiança e não conforme a nossa desconfiança. As energias divinas realizadoras que promovem a nossa vida, nosso conforto, as oportunidades de crescimento, de aprendizagem. De desenvolvimento dos potenciais precisam, para funcionar, que nós em nosso arbítrio, venhamos a optar pela nossa segurança. Portanto, fique seguro.

            - Mas como eu posso estar seguro com esses problemas na minha casa? É isso que falta, é aquilo... Estou preocupado com a minha irmã e vou falar com o Calunga.
            - Está vendo como você se procura problema? Ela não tem boca? Então não precisada sua boca para falar. Quem tem que querer ficar boa é a própria pessoa. O que você tem com isso? É preciso ser esperto, astuto com as pessoas que querem usar e manipular a gente para fazer de gato e sapato. Separou? Que se vire. Ou então, não separe.

            Se você visse como tudo é fácil! Nada neste mundo é difícil. Eu sei que isso é um escândalo. Mas é a pura verdade. É você que está aí hipnotizado e não percebe. Vêm as correntes contrárias, negue:
            - Isso não é comigo não.
            Vem um pensamento negativo, diga:
            - Se é ruim, não é meu.
            Só o bom é meu. Só tem valor o que é bom. Só tem importância o que é bom. Tudo o que é bom é meu. Está escolhido. Eu sou bom, sou perfeito. Só tem coisa bonita na vida. O que é feio, eu não olho.

            Eu sou assim, não vou atrasar a minha evolução, deixar de aproveitar a minha vida por causa dos outros. Quem quiser pegar a rabeira, que pegue. Quem quiser ficar para trás, que fique. O mundo está muito carente de gente despachada, de gente positiva, que não fica chorando e se lamentando com piedade disso, piedade daquilo, mas de gente que está fazendo acontecer, que está criando trabalho para os outros, gente que vai tocando para frente, porque enquanto está mantendo a firmeza, está mantendo as oportunidades.
            Gente assim cresce e abre as portas para muitas outras. Agora, vocês que param no meio do caminho, na lamentação, e veem problema em tudo, são uns pesos. Com o pretexto de ajudar, deixam de produzir em benefício da coletividade. Então, é melhor mesmo a pessoa despachada. Essa cresce, é próspera e vai em frente, porque não vê problema nenhum.


(Calunga, canalizado por Gasparetto no livro: “Um dedinho de Prosa”)

           




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